Brasília, 20 - O presidente em exercício do PMDB de Rondônia, Tomás Correia, negou, em entrevista ao
Broadcast Político
, serviço em tempo real da Agência Estado, que a operação da Polícia Federal que envolveu Confúcio Moura coloque em xeque a reeleição do governador do partido. Esta manhã, a PF deflagrou a Operação Plateias, que desarticulou um esquema de corrupção que tinha por objetivo abastecer o caixa de campanhas do PMDB no Estado.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que a polícia cumpra uma série de ordens judiciais, entre elas a de conduzir coercitivamente Confúcio Moura para prestar esclarecimentos sobre os fatos investigados. "Não creio que tenha isso (o poder de colocar em xeque a reeleição de Confúcio)", afirmou. "Não vejo vinculação com essa eleição em si", completou.
Mesmo tendo ressalvado que não dispõe de detalhes da ação da PF, o presidente do PMDB de Rondônia saiu em defesa do governador reeleito. "Eu conheço bem o governador, desde 1982. Conheci como médico bem-sucedido e sinceramente tenho absoluta certeza de que é um homem correto de suas ações", afirmou.
Tomás Correia é o primeiro suplente do senador Valdir Raupp, um dos vice-presidentes do PMDB e aliado de Confúcio Moura. Desde a manhã, a reportagem tenta localizar Raupp sem sucesso para comentar a ação da PF.
Segundo o presidente do PMDB local, as apurações dizem respeito a fatos "de lá de trás", referentes à primeira eleição do governador. Para ele, a ação seria consequência de uma operação anterior que investigou irregularidades na Secretaria de Saúde estadual.
Correia afirmou que está em Jaru, município distante 300 quilômetros de Porto Velho, e seguirá agora para a capital do Estado para tentar se informar de detalhes da ação da PF. Ele disse que ainda não teve contato com Confúcio nem com qualquer integrante da equipe do governador.