O homem apontado como operador do PMDB afirmou que quando intermediou seu primeiro contrato com a Petrobrás, no governo FHC, o País vivia o apagão da energia e a estatal buscava parceiros internacionais na área de produção de energia e gás. Segundo ele, técnicos brasileiros foram à Espanha na época para conhecer a tecnologia da empresa que ele representava.
A PF suspeita que o reduto de ação de Fernando Baiano na Petrobrás era a área Internacional, que foi comandada por Nestor Cerveró. Ele disse que conheceu Cerveró ainda no governo Fernando Henrique. Na ocasião, segundo ele, Cerveró era gerente da Petrobrás.
Declarou que soube recentemente que Cerveró foi uma indicação política do PMDB, mas que achava que o ex-diretor de Internacional sempre fosse vinculado ao PT. Fernando Baiano disse que soube que o diretor que assumiu o cargo no lugar de Cerveró era indicação do PMDB.
Ele declarou que recebeu o doleiro Alberto Youssef no Rio de Janeiro a pedido do então diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa. O encontro, segundo Fernando Baiano, ocorreu logo após a morte do deputado José Janene.
Sobre o doleiro Alberto Youssef - alvo central da Operação Lava Jato - Fernando Baiano disse que ele lhe pediu que fizesse doações para campanhas políticas.
O doleiro, segundo Fernando Baiano, teria sugerido que alguma empresa por ele representada também fizesse doações.
A reportagem tentou contato com o Instituto Fernando Henrique Cardoso às 18h41 de ontem, mas não houve resposta.
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo..