O maior bloqueio foi feito nos recursos do diretor-presidente da OAS, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, que teve mais R$ 11,6 bilhões congelados em fundos de investimento, aplicações e planos de previdência complementar. Na última atualização das informações, na quinta-feira, R$ 46,8 mil haviam sido bloqueados das contas de Agenor. Recursos significativos também foram confiscados na empresa Technis, pertencente ao lobista Fernando Soares, mais conhecido como Fernando Baiano. A empresa teve bloqueados mais R$ 4,6 milhões em fundos e aplicações, em adição a outros R$ 2 milhões que já haviam sido congelados de uma conta no Santander.
Em dois casos os investigados não haviam tido dinheiro bloqueado até o momento. É o caso de Erton Medeiros Fonseca, diretor-presidente de Óleo e Gás da Galvão Engenharia, que teve R$ 666,5 mil confiscados, e de Valdir Lima Carreiro, da Iesa, que teve R$ 32 mil em ações bloqueadas.
SIGILO
Quatro empresas de fachada, controladas pelo doleiro Alberto Youssef tiveram o sigilo bancário quebrado pela Justiça Federal.
Do total de presos, 13 ainda continuam detidos na Superintendência da PF, em Curitiba. Nove deles são executivos de empreiteiras. Também estão detidos o lobista Fernando Baiano e o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. O vice-presidente da Construtora Camargo Corrêa, Eduardo Hermelino Leite, que foi internado na noite de sexta-feira, retornou à Superintendência da PF ontem, após ter alta hospitalar. O executivo foi levado ao hospital após ter uma crise de hipertensão na carceragem onde está preso desde o dia 15, quando se entregou.
ACAREAÇÃO
O juiz Sérgio Moro determinou na sexta-feira que Paulo Roberto Costa se apresente em 2 de dezembro à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista que investiga denúncias de irregularidades na estatal. No despacho, o magistrado determinou que a PF tome as providências necessárias para assegurar a escolta de Costa para Brasília. Ele cumpre prisão domiciliar no Rio de Janeiro. A CPI marcou para esse dia a acareação entre Costa e o diretor da Área Internacional, Nestor Cerveró. A solicitação foi feita pelo deputado Enio Bacci (PDT-RS). “O Paulo Roberto afirmou que o Cerveró recebeu propina sim, e o Cerveró negou. Vamos colocar os dois frente a frente”, justificou..