"Nem sabemos qual é a acusação contra o sr. Adarico, mas decidimos apresentá-lo voluntariamente", declarou a advogada Joyce Roysen, que defende o irmão do ex-ministro e comunicou a medida à PF.
Joyce destacou que soube pela imprensa da existência da ordem de prisão temporária contra Adarico. Na semana passada, ela pediu revogação do decreto judicial. "Como não houve manifestação do Ministério Público Federal, nem decisão da Justiça sobre o nosso pedido, achamos melhor apresentar (o irmão do ex-ministro)."
A PF atribui a Adarico Negromonte o papel de ‘mula’ da organização criminosa de Youssef, alvo principal da Lava Jato. Segundo a PF, o doleiro usava o irmão do ex-ministro, um agente da própria corporação e um condenado por crimes financeiros, para fazer o transporte dos valores em espécie dentro de malas, maletas e no próprio corpo para agilizar a lavagem de dinheiro e manter um "eficiente sistema de delivery do caixa 2".
A advogada Joyce Roysen repudia o termo "foragido da Justiça" para Adarico. "Não é condizente, pois em momento algum foi realizada diligência na residência dele, na cidade de Registro (SP).".