Cid critica nominalmente o PMDB, mas faz questão de ressaltar que a prática de disputa com o governo não se limita aos parlamentares do partido. "Eduardo Cunha é uma caricatura dessa situação. Mas uma boa parte do PT, ao longo dos últimos anos, também aderiu à tese do poder pelo poder", diz. Na opinião do governador do Ceará, a presidente Dilma pode estimular um reordenamento da base, mas para isso precisa emitir sinais claros para que os partidos de esquerda se unam.
O governador diz que a relação que Dilma tem com o Congresso é diferente daquela que Lula estabeleceu porque o ex-presidente "não tinha remorso" e a sucessora tem. "Quando ela assumiu a Presidência, deu participação no governo para a base toda.
A frente de esquerda defendida por Cid seria um movimento suprapartidário com a proposta de combater o fisiologismo. "No fundo, todo político, mesmo o mais escrachado fisiológico, acredita em alguma coisa. O desafio é despertar essa defesa ideológica de um Brasil ideal que cada um tem, e usá-la como um cimento para uma aliança", afirma.
Para Cid Gomes, ações como a Operação Lava Jato, da Polícia Federal, podem ajudar a renovação de quadros políticos no País. O governador classificou a tarefa de criar uma frente de esquerda de "quixotesca" e disse que a presidente Dilma foi simpática à ideia..