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Estado de Minas

Procuradores vão à Suíça para recuperar dinheiro desviado da Petrobras

Autoridades esperam obter US$ 23 milhões que Paulo Roberto Costa diz ter recebido da construtora Odebrecht como propinas


postado em 25/11/2014 06:00 / atualizado em 25/11/2014 06:57

Para tentar trazer de volta ao Brasil pelo menos, US$ 23 milhões desviados da Petrobras, procuradores da Operação Lava a Lato desembarcam nesta terça-feira na Suíça. Eles vão se encontrar com autoridades do Ministério Público local. Será uma "diligência geral", nas palavras do procurador da República Deltan Dallagnol, que, ao lado do colega Orlando Martello, vai buscar documentos e checar a existência de contas bancárias do ex-diretor de Serviços e Engenharia Renato Duque e do lobista Fernando Baiano, que atua para o PMDB, de acordo com o ex-diretor de Abastecimento e Refino Paulo Roberto Costa.

Delatores indicaram a existência de pelo menos US$ 189 milhões (R$ 482 milhões na cotação de ontem) no exterior em contas de Paulo Roberto, Duque, Baiano e do ex-gerente de Serviços Pedro Barusco. Entretanto, isso não quer dizer que todo o valor será obtido já. A maior esperança da força-tarefa é obter os US$ 23 milhões que Paulo Roberto Costa diz ter recebido da construtora Odebrecht como propinas – a empreiteira nega os pagamentos.

Investigação nos EUA

A Petrobras admitiu pela primeira vez que é investigada pela Securities and Exchange Commission (SEC), reguladora do mercado de capitais nos EUA. A estatal está sujeita à regulação -norte-americana porque negocia papéis na Bolsa de Nova Yokr, a Nyse. Conforme um comunicado enviado ontem ao mercado, a estatal informa que recebeu requerimento da SEC “relacionados a uma investigação” do regulador americano, o que indica que a apuração está ligada às denúncias de pagamento de propina envolvendo ex-diretores e executivos de empresas.

No comunicado, a companhia afirma que enviará aos EUA informações obtidas pela investigação independente feita em conjunto pelo escritório brasileiro Trench, Rossi e Watanabe, e o pelo norte-americano Gibson, Dunn & Crutcher. Os dois foram contratados em outubro, por orientação da PricewaterhouseCoopers (PwC), que faz auditoria de balanços da Petrobras.

Em páginas na internet, os dois escritórios, especializados em legislação anticorrupção, citam a Foreign Corrupt Practice Act (FCPA), que estipula pesadas multas e punição a empresas estrangeiras que negociam títulos nos EUA flagradas em corrupção.
Em 16 de outubro, a PwC enviou carta à Petrobras demostrando estar preocupada com o envolvimento de ex-diretores com a corrupção investigada pela Operação Lava a Jato.


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