Um dia antes de o doleiro Alberto Youssef prestar novamente depoimento à Polícia Federal, a defesa dele tentou suspender uma das ações penais a que ele responde na Justiça Federal, até que o acordo de delação premiada seja homologado. No acordo de colaboração, o doleiro cita nomes de pessoas que receberam propina do esquema de corrupção da Petrobras.
As investigações da PF consideram Youssef como o maior operador financeiro do país. A estimativa da PF é que o esquema liderado pelo doleiro tenha movimentado cerca de R$ 10 bilhões no câmbio negro, além de comandar também os esquemas de propina dentro da Petrobras com a ajuda de ex-diretores, como Paulo Roberto Costa.
No pedido ingressado ontem pelos advogados de Youssef, a defesa alegou que “a colaboração de Alberto Youssef vem sendo decisiva para os desdobramentos da Operação Lava a Jato, inclusive para o bloqueio de valores e a recuperação de ativos aos cofres públicos”. Youssef e outros seis investigados são acusados de evasão de divisas no valor de US$ 444,9 milhões em contratos fraudulentos de importações ilegais.