Não há prazo para que o plenário do STJ volte ao tema. Em maio de 2012, o ministro Humberto Martins, do STJ, havia negado pedido do Ministério Público Federal (MPF) para que fosse aberta uma ação de improbidade administrativa contra parte dos réus do mensalão. Na ocasião, o ministro chamou de "erro grosseiro" o recurso do MPF.
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), sediado em Brasília, também havia rejeitado recurso do MPF. Em agosto daquele ano, após recurso do Ministério Público para que fosse revista a decisão de Martins, o ministro Mauro Campbell pediu vista do processo em análise no plenário da Corte Superior.
O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou 37 pessoas por envolvimento no mensalão. A condenação foi penal, ou seja, foi aplicada uma pena de prisão aos culpados. Agora, o STJ pode decidir se autoriza um novo processo para ressarcimento dos recursos públicos utilizados no mensalão.
Além de Dirceu, Delúbio, Genoino e Valério, o MPF também cita os seguintes réus condenados: Silvio Pereira (ex-secretário-geral do PT), Ramon Hollerbach (sócio de Valério), Cristiano Paz (sócio de Valério), Rogério Lanza Tolentino (advogado apontado como braço-direito de Valério), Simone Vasconcelos (ex-diretora da agência SMPB), Kátia Rabelo (dona do Banco Rural), José Roberto Salgado (ex-vice-presidente do Banco Rural) e Vinícius Samarane (diretor do Banco Rural). A ação pede também a punição a réus absolvidos pelo STF, como Ayana Tenório (executiva do Banco Rural), Anderson Adauto Pereira (ex-ministro dos Transportes no governo Lula) e Geiza Dias dos Santos (ex-gerente financeira da SMPB)..