Conforme pessoas que acompanham a internação do doleiro, ao chegar ao hospital ele já não apresentava mais febre e as dores abdominais diminuíram. Mesmo assim, será submetido a uma tomografia e outros exames. A expectativa é que ele possa voltar à superintendência da PF no domingo, se esse quadro se mantiver. No hospital o doleiro disse aos médicos que estava com sono e gostaria de dormir.
"Evidentemente o risco de morte não deixa de existir. Ele tem coronariopatia grave", disse.
Youssef tem problemas de coração, mas o estresse é que teria agravado sua saúde. Desde a prisão, ele emagreceu 16 quilos. Uma fisioterapeuta foi autorizada a atendê-lo na superintendência da PF três vezes por semana. Esta é a quarta vez que o doleiro é internado desde que foi preso em março pela Operação Lava Jato, acusado de ter lavado dinheiro desviado da petroleira.
Em outubro, na véspera da eleição presidencial, a pressão dele teria baixado, segundo investigadores, a seis por três. Na ocasião, Youssef foi internado e boatos se espalharam na internet de que ele havia morrido por envenenamento. Em nota assinada pela Polícia Federal, e não pelo hospital, informou-se que ele teve "uma forte queda de pressão arterial causada por uso de medicação no tratamento de doença cardíaca crônica". Youssef é um dos principais delatores do esquema na Petrobras. Ele contou que os contratos de empreiteiras eram superfaturados para abastecer partidos aliados: PP, PT e PMDB..