"Convidamos para esta solenidade todos os ministros que compõem o governo da presidenta Dilma, porque a decisão com o compromisso do resgate da memória nesta questão específica da morte do ex-presidente João Goulart é uma posição de governo", disse a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Ideli Salvatti (PT-SC), em resposta a uma questão feita na entrevista coletiva após a divulgação do laudo.
A assessoria da SDH interrompeu a coletiva após a pergunta sobre a presença de Lobão para dizer que o momento era destinado a esclarecimentos sobre a análise dos peritos. Um burburinho tomou conta do auditório.
Após o constrangimento evidenciado pela interrupção, a ministra respondeu à pergunta. "Seria interessante perguntar a ele o que o trouxe à solenidade", disse Ideli. "Como sou militante sem vacilação da democracia e da evolução das pessoas, fico mais animada quando alguém que tenha eventualmente apoiado a ditadura e passa a defender o resgate da memória e da justiça do que quando a gente vê pessoas que sofreram com a ditadura e estão agora insinuando golpe militar".
Em seguida, o filho de Jango, João Vicente Goulart, também falou sobre o assunto. "Eu também não sabia o motivo da presença do senador Lobão. Mas referendo as palavras da ministra".