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Estado de Minas

Sindicato pressiona Pimentel por cargos de diretor na Cemig

O Sindicato dos Eletricitários (Sindieletro-MG) pleitea as pastas de Gestão Empresarial, Distribuição e Comercialização, Geração e Transmissão e de Relações Institucionais e Comunicação, além do comando da Forluz


postado em 02/12/2014 06:00 / atualizado em 02/12/2014 10:28

Fernando Pimentel deve se reunir com sindicalistas do setor elétrico no dia 13(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Fernando Pimentel deve se reunir com sindicalistas do setor elétrico no dia 13 (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
O Sindicato dos Eletricitários (Sindieletro-MG) vai usar uma paralisação de trabalhadores da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) marcada para quinta-feira para pressionar o governador eleito Fernando Pimentel (PT) a aceitar indicações da entidade para quatro diretorias da estatal. O sindicato avalia ter contribuído para a campanha do partido ao Palácio Tiradentes e que por isso merece espaço no primeiro escalão da estatal.

A primeira tentativa do sindicato de “cobrar a fatura”, porém, não deu resultados. Interlocutores do governador eleito pediram paciência. Com a resposta, o sindicato decidiu fazer da manifestação marcada para quinta uma mostra de que é extremamente forte entre os funcionários da Cemig e que pode utilizar esse poder durante o próximo governo em momentos, por exemplo, como os de negociação salarial.

A manifestação de quinta-feira, oficialmente, será para cobrar reajuste de 6% nos salários dos trabalhadores da empresa e o fim das terceirizações na estatal. Atualmente, conforme dados do Sindieletro, a empresa tem 7,5 mil funcionários efetivos e 20 mil que não passaram por concurso público. O coordenador-geral do Sindieletro, Jairo Nogueira Filho, confirmou o interesse da categoria por diretorias da estatal.

Representantes da entidade pleitearam as pastas de Gestão Empresarial, Distribuição e Comercialização, Geração e Transmissão e de Relações Institucionais e Comunicação, além do comando da Forluz (o fundo de pensão da empresa) e do plano de saúde dos funcionários da empresa. “Temos nomes para indicar. Dentro da própria categoria temos indicações que podem cumprir todos esses papéis”, diz Jairo Nogueira.

O coordenador-geral do Sindieletro afirma que o mais importante é participar das escolhas, e que isso já foi repassado ao governador eleito. “Não queremos ser surpreendidos por nomes”, justifica. São 11 as diretorias da Cemig. Além das quatro de interesse do sindicato, existem ainda a presidência, vice-presidência, Finanças e Relações com Investidores, Jurídica, Desenvolvimento de Negócios, Gás e Comercial.

O próximo encontro de representantes do sindicato com o governador eleito deverá ocorrer no dia 13. A entidade organiza para o dia o seminário “Uma outra Cemig é possível”. O objetivo é discutir a estatal no novo governo. Pimentel foi convidado, mas ainda não confirmou presença.

Segundo um especialista no setor de energia, são grandes as chances de o Sindieletro ocupar cargos na Cemig. Porém, as indicações deverão ocorrer para áreas do segundo escalão, como superintendências e gerências. “Tem muita gente competente no sindicato, mas a tendência é que as diretorias sejam comandadas por pessoas mais ligadas ao mercado”, avalia o especialista.

A Cemig é uma das maiores estatais de energia do país. Em Minas, é responsável pelo fornecimento do insumo a 774 dos 853 municípios do estado. Ao todo, são 7,5 milhões de consumidores. A empresa opera 70 usinas, com capacidade instalada de 7.295 megawatts. No ano passado, a Cemig registrou lucro líquido de R$ 3,1 bilhões.


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