Uma semana após a primeira tentativa de aprovar o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO), que prevê um aumento dos abatimentos para o cumprimento da meta do superávit primário, o Congresso Nacional volta a se reunir na noite desta terça-feira para discutir o tema.
Para o relator do projeto, senador Romero Jucá (PMDB-RR), o clima da semana passada, em que o governo não conseguiu quórum necessário para votar a proposta, não é o mesmo de hoje. "O que mudou da semana passada para cá é que o governo tem aprofundado as conversas. O governo está conversando com os partidos, o que ajuda a distensionar o clima", disse.
Na noite dessa segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff se reuniu com líderes dos partidos aliados no Palácio do Planalto para pedir apoio à votação da proposta. Há resistência por parte da oposição, que tentará obstruir a sessão de hoje.
Antes do início da votação do texto que permite que todos os gastos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e as desonerações sejam abatidas do cálculo da meta do superávit, é necessário, no entanto, que os parlamentares votem dois vetos presidenciais, que trancam a pauta da sessão do Congresso.
"Acho que vota, sim. A conjuntura impõe essa alteração e a base tem número para aprovar. Terá toda terça-feira à noite para isso", afirmou o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). "É possível que seja votado hoje", avaliou o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).