São Paulo, 02 - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse na tarde desta terça-feira, 2, que o executivo estadual continuará enviando ajuda financeira para a Santa Casa de Misericórdia, que passa por dificuldades e ainda não pagou o 13º salário aos seus funcionários. Alckmin não detalhou, contudo, qual valor será repassado à instituição até o fim do ano.
Lembrando que a Santa Casa é uma instituição privada sem fins lucrativos, o governador disse que nos últimos quatro anos foram repassados R$ 600 milhões ao hospital, que atende pelo SUS. O tucano citou também um repasse recente de R$ 3 milhões ao pronto-socorro.
Alckmin cobrou, contudo, ações do governo federal, criticando ainda o fato de Estados e municípios terem obrigações legais com investimentos em saúde, enquanto a União recorre à desvinculação de receitas por meio da DRU. "O governo federal tem que resolver urgentemente o problema do financiamento da saúde", afirmou Alckmin, citando uma expressão em latim cujo significado é "suprima a causa que o efeito cessa".
Perguntado sobre a volta da cobrança da CPMF, o imposto do cheque, que vem sendo articulada por alguns governadores, Alckmin disse que não cabe a ele definir, mas ao governo federal. "Política é fazer escolhas, não sei se a (volta da) CPMF; cabe ao governo federal ou remanejar recursos ou buscar novas fontes de financiamento."
Educação
O governador disse que há um "grande equívoco" na reportagem do jornal Folha de S.Paulo, que trouxe hoje a informação de que foram cortadas verbas para reformas e compra de materiais em escolas. "Nenhuma escola tem desabastecimento e se tiver é só comprar", respondeu Alckmin dizendo que escolas que não tiverem qualquer material poderão contatar a diretoria de ensino para ter a verba liberada imediatamente.
Com relação à verba destinada a pequenas obras nas unidades, o governador argumentou que o valor inclusive está sendo aumentado, passando de R$ 669 milhões deste ano para R$ 995 milhões no ano que vem.
Sobre o orçamento da educação, Alckmin ressaltou que São Paulo destina 30% do orçamento para a área, acima dos 25% exigidos por lei. Disse também que não houve redução do orçamento previsto para educação no Estado, mas uma diferença em relação ao que foi previsto no início do ano, que considerava crescimento do PIB de 2,5% e inflação de 4,5%.