O ex-diretor da Petrobras. Paulo Roberto Costa, afirmou no início da sessão da CPMI que promove acareação entre ele e Nestor Cerveró que não vai falar. “Boa tarde a todos e a todas. Eu estou vindo aqui pela segunda vez. Na primeira não respondi a nenhuma pergunta, nesta segunda vez também não vou responder a nenhuma pergunta, devido a esse processo que estou passando”, afirmou. Na sequência, Costa afirmou que todas as informações já foram repassadas à Justiça. “Todas as dúvidas sobre esse processo foram esclarecidas ao Ministério Público, esclarecidas à Polícia Federal e à Justiça”, declarou, ressaltando que o processo foi "muito longo e exaustivo".
Apesar da declaração, Costa afirmou que sua entrada na Petrobras foi através de concurso público e que ele resistiu durante muito tempo a ter apoio político para alcançar cargos mais altos na estatal. “Todas os cargos eu consegui por minha competência técnica”, disse.
Conforme Paulo Roberto Costa, todo o esquema de pagamento de propina denunciado por ele durante depoimentos à Justiça é prática comum em todos os governos, citando desde o ex-presidente Sarney (PMDB), Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Lula (PT) e a atual gestão de Dilma Rousseff (PT). Ele alegou que saiu da Petrobras em 2012, quando assinou sua carta de demissão, e desde então atuava em empresa de consultoria, aberta por ele.
Costa disse que decidiu cooperar com Justiça, não por orientação dos advogados de defesa, mas de sua família. “Quanto eu resolvi fazer a delação, não foi orientação do advogado, de ninguém, foi da minha família que colocou com clareza foi minha esposa, minhas filhas e meus genros. Eu fiz a delação para dar sossego a minha alma e fiz a delação por respeito e amor à minha família”, declarou diante dos parlamentares.
O pedido para colocá-los frente a frente foi aprovado pela comissão no último dia 18 de novembro, a pedido do deputado Ênio Bacci (PDT-RS)..