O Ministério Público Federal manifestou-se favorável ao acesso da construtoras OAS ao conteúdo da delação premiada feita pelos executivos da Toyo Setal, que afirmaram ter pago R$ 154 milhões em propina ao ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, também preso na Operação Lava Jato.
À Justiça, os executivos da Toyo Setal, Júlio Camargo e Augusto Mendonça Neto, disseram que o dinheiro da propina serviu para formação de cartel envolvendo as principais empreiteiras do país na realização de obras em seis projetos da Petrobras. Parte do dinheiro seria repassado a partidos políticos.
O pedido de acesso à delação premiada foi feito em novembro, logo após a prisão de 25 pessoas, entre elas cinco executivos da OAS. Seguindo instrução dos advogados, elas permaneceram em silêncio durante depoimentos à Polícia Federal, em Curitiba.
Dois deles, Agenor Franklin Medeiros, diretor-presidente da área internacional da construtora, e José Ricardo Breghirolli, funcionário da empresa em São Paulo, ainda estão em prisão preventiva. A defesa argumenta que o acesso ao conteúdo da delação também beneficiará outros três executivos da empreiteira.
Com Agência Brasil