Os defensores de Joel Moreira estariam oferecendo cadeiras no governo de Fernando Pimentel (PT), além de apoio para a reeleição de vereadores em 2016. De acordo com um vereador que pediu anonimato, a indicação seria para cargos comissionados com remuneração de R$ 5 mil a R$ 10 mil. “A estrutura financeira para reeleição seria de R$ 100 mil, no mínimo”, contou.
Embora Joel Moreira negue as afirmações e afirme que a disputa pela presidência é somente uma “possibilidade”, as informações são de que a candidatura do parlamentar estaria sendo construída pela bancada de oposição junto dos apoiadores de Léo Burguês, brigado com Wellington Magalhães, atual vice-presidente. “Eu não tenho cargo para oferecer. Quem tem cargo para oferecer são candidatos apoiados pelo Executivo (prefeitura)”, afirmou Joel Moreira, que disse defender chapa única para eleição na Câmara.
Fortalecer a candidatura de Moreira e atrair vereadores que não votariam num candidato do PT, hoje representado pelo vereador Juninho Paim (PT), seria uma tentativa da base de Pimentel crescer dentro da Câmara e já trilhar passos para conquistar a Prefeitura de BH em 2016.
Segundo Juninho Paim, líder da bancada do PT e candidato à presidência, a acusação de oferta de cargos e dinheiro pela base de Pimentel em troca do apoio à Joel Moreira é “uma das maiores mentiras que se pode plantar na Câmara”. “Eu sou o candidato legítimo do PT. Vencemos na Presidência da República, no governo de Minas, por que não podemos vencer na Câmara?”
Nos bastidores, a informação é de que o grupo ligado a Wellington Magalhães também está se valendo da oferta de cargos, mas na prefeitura. “Mas, como o prefeito não será candidato em 2016, ele fica enfraquecido. A credibilidade do pedido de voto não tem tanto peso”, disse o vereador. Questionado sobre a oferta, Wellington informou que isso poderia ocorrer dentro dos quadros da própria Câmara. “Minha eleição é sólida, não é aventureira”, disse.
Votações
Reunião plenária da Câmara Municipal nessa terça-feira encerrou sem a votação de nenhum projeto. Além de estar travada por oito vetos, a pauta conta com 71 projetos de lei para serem apreciados. A oposição questiona principalmente emenda substitutiva que suprime o aumento dos Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis por Ato Oneroso (ITBI) e do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). Para garantir que não haverá aumento, eles querem a retirada da matéria de pauta. Além disso, a oposição critica projeto em que a prefeitura quer autorização para vender mais de 400 terrenos na Estação Ecológica de Fechos, área de proteção ambiental no Bairro Jardim Canadá, em Nova Lima..