Brasília - Partidos de oposição entraram com obstrução na sessão do Congresso Nacional que analisa nesta quarta-feira os vetos presidenciais. Assim que os vetos forem votados, os parlamentares discutirão o projeto que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e flexibiliza o ajuste fiscal.
Os líderes da oposição insistiram que o projeto compromete o equilíbrio fiscal e chamaram a presidente Dilma Rousseff de "imperadora". O deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), líder da minoria na Câmara, falou que a medida é uma "afronta" aos fundamentos do País, argumentou que o projeto destrói a base dos avanços sociais proporcionados pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e abre o caminho para a volta da inflação. "Quem vai pagar a conta é o cidadão brasileiro", afirmou Sávio.
Diante das galerias vazias, o candidato derrotado do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, voltou a criticar o impedimento do acesso de manifestantes ao plenário. O tucano disse que se trata de "um dos mais vergonhosos momentos" da República. "Isso jamais foi feito no nosso tempo. Triste o papel que o PT faz hoje. O partido da mentira na campanha eleitoral e que se inspira nos exemplos do regime autoritário", acusou.