"Esperamos que o ministro Teori Zavascki acompanhe a opinião pública brasileira, que confia no trabalho do juiz Sérgio Moro para levar a apuração da Lava Jato até o fim", disse Francischini em referência ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) incumbido de relatar o caso e ao juiz da primeira instância que está conduzindo os processos.
Desde que a Lava Jato foi deflagrada, em março, há especulações sobre sua transferência da primeira instância para o STF por causa de menções a congressistas, que têm direito a foro privilegiado.
Nessa terça-feira, 2, Zavascki revogou a prisão preventiva do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, suspeito de receber propinas.
A decisão de Zavascki fez com que as especulações sobre a transferência do caso para Brasília voltasse a ser assunto das rodas de conversa entre autoridades e políticos atentos ao caso.
Delegado da Polícia Federal, Francischini é líder do partido oposicionista Solidariedade na Câmara dos Deputados e tem sido um dos principais críticos do governo Dilma dentro do Congresso. Na CPI que investiga a Petrobras, ele foi autor de requerimentos de convocações que desagradaram o governo.
No novo cargo, que deve assumir em 1º de janeiro, ele promete manter o tom das críticas, usando inclusive mensagens jocosas. Ao receber a confirmação de sua indicação para a Secretaria de Segurança Pública, por exemplo, ele tinha sobre a mesa de seu gabinete a réplica de um produto da Petrobras com uma sátira ao governo: "Lubrax - lubrifica a corrupção, caixa dois e propina", diz o rótulo..