O futuro do ex-senador cearense está sendo costurado há 31 dias, desde 3 de novembro, quando, por pressão da auditora PricewaterhouseCoopers, Machado decidiu se afastar da presidência com o argumento de que não queria atrasar a divulgação do balanço financeiro da Petrobras.
O afastamento de Machado era uma das principais exigências feitas pela auditora para validar o resultado financeiro da Petrobras no 3.º trimestre.
Nos bastidores, a informação é de que o Planalto já decidiu pela substituição do ex-senador e a manutenção da vaga na conta da fatia do PMDB ligada ao presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), que apadrinhou Machado. Renan tem sido o protagonista da luta do governo nos últimos dias pela aprovação no Congresso da meta fiscal de 2014. Depois de dias de suspensão das votações no plenário e de manifestações acaloradas do presidente do Senado, a vitória do governo veio ontem.
Padrinhos políticos foram procurados por Machado nos dias de licença, na tentativa de reverter a decisão do Planalto de substituí-lo. A estratégia era obter uma prorrogação da licença e tentar se desvincular das denúncias. Entre os cotados para substituir Machado estariam os de ex-diretores da Transpetro. Um deles seria Marcelino Guedes, que comandou a Refinaria Abreu e Lima entre 2008 e 2013. Marcelo Renó, também cotado para a vaga, esteve na Diretoria de Gás da Transpetro até dezembro de 2013.