Adams disse na última quinta-feira, 4, que o comitê da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff foi "muito cuidadoso" em relação às doações recebidas pelo PT. Já Cardozo afirmou que se faz uma "leitura enviesada" das delações premiadas dos executivos Júlio Camargo e Augusto Mendonça - ambos da Toyo Setal, empreiteira citada no suposto cartel da Petrobras. Camargo afirma em um trecho de seu relato que parte da propina do esquema envolvendo a petrolífera era repassada em forma de doação oficial ao PT.
"Isso revela parcialidade", afirmou Imbassahy. "Como é que vão passar na sabatina do Senado com essa conduta?", questionou em entrevista ao Estadão. "Se misturam Estado e partido agora, serão eles despachantes do PT no Supremo? Esse reiterado comportamento definitivamente retira a credibilidade necessária ao exercício das suas funções", disse o líder em nota. Adams e Cardozo aparecem como possíveis indicações de Dilma para ocupar a vaga do ex-presidente do STF Joaquim Barbosa, que se aposentou em agosto deste ano..