O ministro faz a defesa da aquisição dos equipamentos na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, onde participa de audiência pública. "O plano inicial era de 108 aeronaves, mas o que entrou agora são 36. Creio que 108 seria ideal", disse. A compra dos caças foi acertada com o grupo sueco Saab após anos de debate sobre a necessidade dos aviões de combate. O ministro disse que os equipamentos são parte de um plano nacional de defesa em construção pelas Forças Armadas.
Amorim defendeu, ainda, um "choque de orçamento" nos recursos para a política de defesa do País. Ele comparou o aporte brasileiro em defesa com o dos outros integrantes do grupo de economias emergentes BRICS - formado também por Rússia, Índia, China e África do Sul. "O Brasil gasta hoje 1,5% do PIB em defesa. A média dos países dos BRICS é 2,5%. A minha meta no médio prazo é atingir 2% do PIB porque o Brasil é um país que tem de se defender. A nossa intenção é dar um choque de orçamento", disse. "Não tenho ilusões, como todo ano tem sido, sobre as dificuldades da execução do orçamento de Defesa do País."
O ministro reconheceu que havia uma "inclinação" do governo brasileiro pelos caças franceses Raphale, mas que a possibilidade de deter parte da propriedade intelectual dos Gripen da Saab foi decisiva. Segundo ele, outros países têm demonstrado interesse em adquirir o caça sueco-brasileiro. "Há outros países interessados em adquirir o Gripen sueco do Brasil", disse. "O avião está em fase finalíssima de conclusão, o que nos dá possibilidade de ter a propriedade intelectual do equipamento", indicou..