Mais cedo, no plenário, Bolsonaro atacou Rosário após ela defender, em discurso, a Comissão da Verdade, que investiga crimes durante a ditadura militar. "Não saia, não, Maria do Rosário, fique aí. Fique aí, Maria do Rosário. Há poucos dias você me chamou de estuprador no Salão Verde e eu falei que eu não estuprava você porque você não merece. Fique aqui para ouvir", disse o deputado.
O líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados, Vicentinho (SP), chamou a fala de Bolsonaro de "desrespeitosa e criminosa".
"Só quero vir para a Câmara dos Deputados e poder trabalhar. Não me dirigi a este senhor. Fiz um pronunciamento como deputada. Tenho o direito de trabalhar com liberdade e acredito que uma atitude violenta como esta, um pronunciamento violento como este, não é contra a minha pessoa. Ele, de fato, agride todas as mulheres", afirmou a ex-ministra. Questionado, o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), disse ainda não ter assistido à gravação do pronunciamento de Bolsonaro. Mas, ao saber o teor da declaração, Alves a considerou "um absurdo" e disse que "não são termos" aceitáveis..