Brasília – Lado a lado na abertura da Conferência Internacional de Combate à Corrupção, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, colocaram-se nessa terça-feira em campos opostos em relação ao escândalo da Petrobras. Em um duro discurso durante o evento, Janot classificou as denúncias de corrupção na estatal como um incêndio de grandes proporções e defendeu a substituição de sua diretoria, provocando a reação de Cardozo, que convocou entrevista coletiva após o evento em que adotou a posição contrária.
“A posição do governo é de que não há nenhuma razão objetiva para que os atuais gestores da Petrobras sejam afastados do comando da empresa”, afirmou, por sua vez, o ministro da Justiça, após elogiar a presidente da estatal, Graça Foster. Segundo Cardozo, a empresa tem tomado medidas de combate à corrupção e escolherá até sexta-feira o diretor de compliance. Afirmou ainda que Graça segue as determinações da presidente Dilma Rousseff.