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Estado de Minas

Procurador-geral da República e ministro da Justiça divergem sobre Petrobras


postado em 10/12/2014 06:00 / atualizado em 10/12/2014 08:00

Brasília – Lado a lado na abertura da Conferência Internacional de Combate à Corrupção, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, colocaram-se nessa terça-feira em campos opostos em relação ao escândalo da Petrobras. Em um duro discurso durante o evento, Janot classificou as denúncias de corrupção na estatal como um incêndio de grandes proporções e defendeu a substituição de sua diretoria, provocando a reação de Cardozo, que convocou entrevista coletiva após o evento em que adotou a posição contrária.

O procurador Janot afirmou que a culpa pela corrupção é de maus dirigentes e empresários. “É necessário maior rigor e transparência na sua forma de atuar. Espera-se as reformulações cabíveis, inclusive, sem expiar ou imputar previamente culpa, a substituição de sua diretoria”, disse, referindo-se à Petrobras. “Corruptos e corruptores precisam conhecer o cárcere e devolver ganhos espúrios que engordaram suas contas às custas da esqualidez do Tesouro Nacional e do bem-estar do povo”, discursou.

“A posição do governo é de que não há nenhuma razão objetiva para que os atuais gestores da Petrobras sejam afastados do comando da empresa”, afirmou, por sua vez, o ministro da Justiça, após elogiar a presidente da estatal, Graça Foster. Segundo Cardozo, a empresa tem tomado medidas de combate à corrupção e escolherá até sexta-feira o diretor de compliance. Afirmou ainda que Graça segue as determinações da presidente Dilma Rousseff.


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