Diante do prazo apertado para os parlamentares votarem o Orçamento de 2015 – antes do recesso, que começa a partir de 23 de dezembro –, a base aliada ao governo tenta fechar um acordo para concluir o projeto de Lei Orçamentária para 2015 (LOA) ainda este ano.
“Já tivemos aqui [na Comissão Mista de Orçamento (CMO)] diversos momentos com prazos curtos e, por acordo vencemos, essas etapas”, apelou a outros deputados e senadores do colegiado. A proposta de Jucá é que a comissão vote, ainda pela manhã, o relatório da receita, do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que integra a LOA para que ele possa apresentar o relatório premilinar do Orçamento do próximo ano.
“Meu relatório está pronto há quatro semanas, mas aguardo o relatório da receita. Só posso entregar com o balanço final da receita”, explicou. Com a apresentação do texto preliminar, os parlamentares teriam algumas horas para análise e votar na noite de hoje (10).
Parlamentares da oposição declararam, “como gesto de disposição de diálogo”, que aceitariam o acordo para votar o relatório da receita, mas sem garantir a votação do relatório preliminar da LOA. Duas condições foram impostas pela oposição que cobrou a inclusão clara do Orçamento Impostivo na LDO do próximo ano, tornando obrigatória a destinação de parte do orçamento para emendas parlamentares, e a proibição do uso do duodécimo para gastos com investimentos. O recurso só poderia ser usado pelo governo para custeio, como pagamento de pessoal.