O vice-presidente Michel Temer (PMDB) defendeu os programas do governo federal Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida em apresentação a empresários, na capital paulista. Ele disse que o Bolsa Família permitiu que as pessoas conseguissem se alimentar, chegando a um "primeiro patamar da classe média". Sobre o programa habitacional, destacou que alcançará 3 milhões de famílias. "O Minha Casa, Minha Vida é pautado precisamente pelo texto constitucional que garante o direito à moradia."
Depois de fazer uma introdução falando sobre o estágio da democracia brasileira, que, na opinião do vice-presidente, está em sua "adolescência", Temer elogiou os dois principais programas sociais do governo dizendo que a "ascensão social colocou o Brasil em outro patamar". E disse que os programas não vão acabar por causa da mudança na política econômica. "Vou dizer o que não é nenhuma novidade, que o mercado recebeu bem os nomes da nova equipe econômica", disse. "Agora, vamos eliminar? Não, não vamos eliminar os benefícios sociais", afirmou.
O vice-presidente disse que ainda há muito a fazer e admitiu à plateia que o governo não conseguiu ainda fazer uma reforma tributária sistêmica, apenas uma parcial, com a política de desonerações a determinados setores produtivos. Temer prometeu, porém, que uma reforma sistêmica dos tributos seguirá como prioridade do governo no segundo mandato de Dilma Rousseff (PT).
Crise
Temer argumentou que, atualmente no Brasil, a palavra "crise" vem sendo usada indistintamente e que, pelo conceito do termo, acredita que o Brasil não passa por crise, nem econômica nem política.
Temer cumprimentou o presidente do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), que organizou o evento, João Dória Júnior, por sua fala de abertura. Dória, no início do encontro, disse abertamente não ter votado na chapa composta por Dilma e Temer, mas que, passada a eleição, é preciso pensar no País com "posição republicana e sentimento de brasilidade". Acompanham Temer no evento os ministros Moreira Franco (Aviação Civil) e Vinicius Lage (Turismo), além do candidato derrotado pelo PMDB ao governo paulista e presidente da Fiesp, Paulo Skaf..