(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

'Pândego', diz vice-presidente do Clube Militar sobre relatório da CNV


postado em 10/12/2014 20:19

Rio, 10 - "Pândego" e "engraçado". Com essas palavras, o primeiro vice-presidente do Clube Militar , general da reserva Sérgio Costa de Castro, classificou o relatório final divulgado nesta quarta-feira, 10, pela Comissão Nacional da Verdade. Ele criticou a CNV por ter alterado o período da investigação fixado em lei. O órgão limitou a apuração aos crimes de agentes do Estado, lembrou. E distribuiu sem critério as responsabilidades pelas violações de direitos, além de fazer propostas sem fundamento, atacou.

"O problema do relatório é que desacredita todo o trabalho da Comissão da Verdade, por diversos motivos.", disse Castro. "Primeiro, a comissão foi criada por uma lei que previa que ela devia investigar as violações de direitos humanos de 46 a 88. A própria Comissão da Verdade, por livre e espontânea vontade, limitou o tempo. Passou para 64 a 85."

O militar lembrou que a CNV, depois, limitou (a apuração) a um dos lados do período. "Ou seja, somente às violações de direitos humanos cometidas pelos agentes do Estado, ignorando que subversivos, terroristas, guerrilheiros que cometeram diversas ações nesse mesmo período também cometeram violações de direitos humanos."

Segundo ele, a CNV agiu como se os atos terroristas fossem normais. "Só os agentes do Estado cometeram violações", declarou. "Depois, (a CNV) apresenta um relatório agora em que todo mundo é responsável pelas violações de direitos humanos. Todos os ministros do Exército, todo mundo naquela época."

Entre as propostas da CNV que considerou "sem o mínimo fundamento", o general Castro destacou a de revisão da Lei de Anistia. Ele viu na proposição uma iniciativa para punir apenas os militares e proteger os opositores anistiados.

"Anistia é uma coisa que, depois de concedida, não é revogável", disse. "Mas ela (a CNV) também não propõe a revogação da Lei de Anistia. Se revogassem, os agentes da subversão, do terrorismo, das guerrilhas também estariam sujeitos às penas da lei. Querem somente rever a Lei da Anistia no tocante aos agentes do Estado. Os outros continuam anistiados... É um relatório que chega a ser pândego."

Castro afirmou que o Clube Militar considera o trabalho da Comissão da Verdade gasto de recursos públicos desnecessário. "Não se consegue verdade nenhuma ouvindo só um lado da contenda", afirmou. "Então, foi um gasto de recursos públicos e um relatório que chega a ser engraçado."

O Clube Militar prometeu para a quinta-feira, 11, a divulgação dos nomes de envolvidos em ações de terrorismo contra o regime militar.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)