O PT e partidos de esquerda ingressaram ontem com um pedido de cassação do mandato de Jair Bolsonaro (PP-RJ), por suposta quebra de decoro. Na terça-feira, o parlamentar fluminense disse que não estupraria a deputada e ex-ministra Maria do Rosário (PT-RS) porque ela “não merece”. Além do PT, assim a representação protocolada na noite de ontem no Conselho de Ética o PSB, o PCdoB e o PSOL. Em nota divulgada ontem, a bancada petista também disse que ingressará com uma ação judicial contra o deputado carioca, pelo crime de ofensa. Bolsonaro, por sua vez, alegou que esta era a 3ª vez que era chamado de estuprador por Maria do Rosário, e disse não acreditar em um processo.
"A barbárie cometida hoje no plenário da Câmara ofende a cidadania brasileira. No âmbito do parlamento e do Judiciário, todas as iniciativas serão tomadas por nós, parlamentares da bancada do PT, já que as ameaças demonstram total desrespeito à condição de representante desse país", diz um trecho da nota, que foi lida ontem no Plenário pelo líder da bancada petista, Vicentinho (SP). Ao longo do dia de ontem, vários deputados petistas e de partidos aliados se manifestaram em defesa de Rosário. A própria deputada também desabafou ontem. “Fui agredida como mulher, como parlamentar e como mãe. Chegou em casa e tenho que explicar isso para a minha filha”, disse Rosário, que chegou a ocupar a Secretaria de Direitos Humanos durante o governo Dilma. Ela disse também que irá processar Bolsonaro criminalmente.
“Demonstrando total desrespeito por sua condição de representante de todos os cidadãos e cidadãs brasileiras e, em especial, ao povo do Rio de Janeiro, o Deputado Representado, quotidianamente, faz comentários misóginos, jocosos e estereotipados a respeito das mulheres, negros e homossexuais”, diz um trecho da representação apresentada pelo PT no Conselho de Ética. “O legislativo não pode permitir que tenhamos aqui, entre nós, uma pessoa que faz apologia do crime. O decoro não admite isso, alguém que faça apologia ao crime e continue impune. Isto não é opinião, é crime, e tem que ser considerado desta forma”, disse a deputada Erika Kokay (PT-DF).
“Eu só consegui hoje (ontem) ocupar a tribuna para explicar o que aconteceu. De fato eu falei isso ontem, mas isso vem de uma questão de 2003, quando a Maria do Rosário tava defendendo o Champinha, estuprador e homicida, e eu estava defendendo a redução da maioridade penal. No flagor (sic) desse debate, ela me chamou de estuprador”, disse Bolsonaro ao Correio. “Na terceira vez que ela me chamou de estuprador, eu tive que me defender, né? Eu disse ‘não sou estuprador, mas se fosse não te estupraria porque você não merece’. Ficaram de me processar naquele momento (em 2003), mas não o fizeram. Aqui vai ser a mesma coisa”, disse ele.
O ataque a Maria do Rosário ocorreu na sessão de terça, depois que ela fez uma fala em defesa da Comissão Nacional da Verdade (CNV), o que irritou Bolsonaro. “Não saia não, Maria do Rosário. Há poucos dias você me chamou de estuprador no Salão Verde e eu falei que não estuprava você porque você não merece. Fique aqui para ouvir”, disse o parlamentar, segundo as notas taquigráficas. “Vamos aproveitar e falar um pouquinho sobre o Dia Internacional dos Direitos Humanos. No Brasil, é o dia internacional da vagabundagem. Os direitos humanos no Brasil só defendem bandidos, estupradores, marginais”, continuou ele, na ocasião.
"A barbárie cometida hoje no plenário da Câmara ofende a cidadania brasileira. No âmbito do parlamento e do Judiciário, todas as iniciativas serão tomadas por nós, parlamentares da bancada do PT, já que as ameaças demonstram total desrespeito à condição de representante desse país", diz um trecho da nota, que foi lida ontem no Plenário pelo líder da bancada petista, Vicentinho (SP). Ao longo do dia de ontem, vários deputados petistas e de partidos aliados se manifestaram em defesa de Rosário. A própria deputada também desabafou ontem. “Fui agredida como mulher, como parlamentar e como mãe. Chegou em casa e tenho que explicar isso para a minha filha”, disse Rosário, que chegou a ocupar a Secretaria de Direitos Humanos durante o governo Dilma. Ela disse também que irá processar Bolsonaro criminalmente.
“Demonstrando total desrespeito por sua condição de representante de todos os cidadãos e cidadãs brasileiras e, em especial, ao povo do Rio de Janeiro, o Deputado Representado, quotidianamente, faz comentários misóginos, jocosos e estereotipados a respeito das mulheres, negros e homossexuais”, diz um trecho da representação apresentada pelo PT no Conselho de Ética. “O legislativo não pode permitir que tenhamos aqui, entre nós, uma pessoa que faz apologia do crime. O decoro não admite isso, alguém que faça apologia ao crime e continue impune. Isto não é opinião, é crime, e tem que ser considerado desta forma”, disse a deputada Erika Kokay (PT-DF).
“Eu só consegui hoje (ontem) ocupar a tribuna para explicar o que aconteceu. De fato eu falei isso ontem, mas isso vem de uma questão de 2003, quando a Maria do Rosário tava defendendo o Champinha, estuprador e homicida, e eu estava defendendo a redução da maioridade penal. No flagor (sic) desse debate, ela me chamou de estuprador”, disse Bolsonaro ao Correio. “Na terceira vez que ela me chamou de estuprador, eu tive que me defender, né? Eu disse ‘não sou estuprador, mas se fosse não te estupraria porque você não merece’. Ficaram de me processar naquele momento (em 2003), mas não o fizeram. Aqui vai ser a mesma coisa”, disse ele.
O ataque a Maria do Rosário ocorreu na sessão de terça, depois que ela fez uma fala em defesa da Comissão Nacional da Verdade (CNV), o que irritou Bolsonaro. “Não saia não, Maria do Rosário. Há poucos dias você me chamou de estuprador no Salão Verde e eu falei que não estuprava você porque você não merece. Fique aqui para ouvir”, disse o parlamentar, segundo as notas taquigráficas. “Vamos aproveitar e falar um pouquinho sobre o Dia Internacional dos Direitos Humanos. No Brasil, é o dia internacional da vagabundagem. Os direitos humanos no Brasil só defendem bandidos, estupradores, marginais”, continuou ele, na ocasião.