“O que está acontecendo é essa confusão dos partidos, que precisam definir a qual base pertencem, se à atual ou à do próximo governo”, cobrou o líder da maioria, deputado Gustavo Valadares (PSDB). O líder do governo, Luiz Humberto Carneiro (PSDB), também chamou os aliados à responsabilidade. “A gente espera terminar este governo com a base do tamanho que tínhamos. Muitos já estão querendo pular para o outro lado e traindo o governo”, afirmou o tucano.
Segundo Luiz Humberto, o maior problema tem sido garantir a presença dos aliados, já que 30% deles perderam as eleições. Com instrumentos regimentais, a oposição consegue obstruir o trabalho por horas seguidas.
A oposição concorda em votar o projeto que reduz a alíquota do etanol no formato original enviado pelo Executivo, as suplementações orçamentárias e os vetos. O líder do futuro governador, Fernando Pimentel (PT), deputado Durval Ângelo (PT), afirma que as emendas ao projeto do etanol quebrariam o estado. “Não acredito que as votações sejam retomadas, eles estão convocando sessões, mas vamos estar aqui para obstruir”, afirmou. O petista reforçou a intenção de Pimentel de governar por duodécimos para evitar a pauta que inclui vários reajustes para servidores, orçamento impositivo e incentivos fiscais.
O governador Alberto Pinto Coelho considerou “fantasiosas” as alegações da oposição e disse estar chamando a base para votar. Ele garantiu que todos os projetos em pauta são benéficos para o estado e creditou a dificuldade de votação a fatores políticos. “Alguém possivelmente está querendo se valorizar para o próximo governo”, disse. Alberto Pinto Coelho aconselhou Pimentel a começar sua gestão com o orçamento para 2015 aprovado..