O Ministério Público Federal afirmou nesta quinta-feira, 11, que vai denunciar 36 pessoas suspeitas por ligação em um esquema de desvios envolvendo contratos da Petrobras, investigadas na Operação Lava Jato. A lista com os nomes ainda não foi divulgada mas segundo a procuradoria estão entre eles o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef, além de 22 pessoas ligadas a empreiteiras.
São citadas na denúncia a OAS, Camargo Corrêa, UTC, Mendes Jr., Engevix e Galvão Engenharia, todas alvo da sétima etapa da Lava Jato. Neste momento, o procurador Deltan Dallagnol apresenta os detalhes da denúncia.
O MPF estima que R$ 300 milhões tenham sido desviados no esquema mas acredita que o valor chegue a R$ 1 bilhão. De acordo com o procurador, foram identificados 154 atos de corrupção e 105 atos de lavagem de dinheiro.
Serenidade
Janot disse que o Ministério Público Federal atuará de "forma serena, equilibrada, mas de forma contundente" para responsabilizar cada denunciado pelos atos que praticaram. "Essas pessoas, na verdade, nos roubaram o orgulho dos brasileiros", criticou Janot, que fez questão de reafirmar o compromisso com o andamento das investigações em outro ponto da entrevista.
Janot afirmou que o MPF atuará frente ao Supremo Tribunal Federal da mesma maneira que atua no momento no Paraná. Janot será o responsável pela denúncia de investigados com foro privilegiado. "A responsabilidade do Ministério Público é sentida por todos, do procurador-geral ao procurador que começou ontem na carreira", afirmou.