No depoimento, o soldado Danilo Marques afirma que os assaltantes "entraram pelo mato", onde ele estaria fazendo guarda, e que seria dentro da área reservada da Granja.
O Comando Militar do Planalto, responsável pela segurança do Torto e do Palácio do Planalto, admitiu em nota o roubo, mas classificou de "extravio" e afirma que o "incidente" ocorreu na área externa. "As investigações estão sendo conduzidas por meio do competente Inquérito Policial Militar, instaurado pelo Batalhão da Guarda Presidencial, que possui o prazo de trinta dias para a sua conclusão. A propósito, todas as hipóteses estão sendo investigadas de forma integrada com os órgãos de segurança pública e inteligência, visando a recuperação do armamento e o esclarecimento dos fatos", diz a nota do CMP. Há também uma investigação da Polícia Civil.
O Comando diz ainda que o "evento" não ofereceu qualquer risco à segurança da Granja do Torto, já que existiriam várias linhas de defesa no local. O soldado foi afastado das suas funções "para averiguações".
A Granja do Torto fica a cerca de 15 quilômetros do Palácio do Planalto e é uma espécie de casa de campo da Presidência da República, com 37 hectares, um lago artificial, piscina, quadras de esportes, churrasqueira, heliporto e uma área de mata nativa. O general João Figueiredo, último presidente da ditadura militar, chegou a morar na Granja.