“Com referência às matérias publicadas na imprensa a respeito de denúncias feitas pela empregada Venina Velosa, a Petrobras reitera que tomou todas as providências para elucidar os fatos citados nas reportagens. Não procede a afirmação de que não houve apuração por parte da companhia em nenhum dos três casos citados por ela: Rnest, compra e venda de bunker e irregularidades da Gerência de Comunicação do Abastecimento”, informou a estatal na nota.
De acordo com o comunicado à imprensa, Venina foi ouvida em comissão interna de apuração sobre contratação de obras na Rnest. “A empregada foi ouvida nesta comissão, momento em que teve a oportunidade, mas não revelou os fatos que está trazendo agora ao conhecimento da imprensa. A empregada guardou estranhamente por cerca de cinco anos o material e hoje, possivelmente, o traz a público pelo fato de ter sido responsabilizada pela comissão.”
A Petrobras frisou na nota que Venina foi citada no relatório da comissão, com referência a responsabilidades por não conformidades consideradas relevantes. “O resultado foi enviado às autoridades competentes (MPF, PF, CVM, CGU e CPMI) para as medidas pertinentes.
A Petrobras afirmou ainda que instaurou comissões internas em 2008 e 2009 para averiguar indícios de irregularidades em contratos e pagamentos efetuados pela gerência de Comunicação do Abastecimento. “O ex-gerente da área foi demitido por justa causa em 3 de abril de 2009, por desrespeito aos procedimentos de contratação da companhia. A demissão não foi efetivada naquela ocasião porque seu contrato de trabalho estava suspenso, em virtude de afastamento por licença médica. A demissão foi efetivada em 2013. O resultado das análises foi encaminhado para a CGU e MP-RJ e há uma ação judicial em andamento visando ao ressarcimento dos prejuízos causados à companhia pelo ex-empregado.”
Sobre supostas irregularidades na compra de combustíveis para navegação, a estatal informou que foram aprimorados os processos. “Após resultado do grupo de trabalho constituído em 2012, a Petrobras aprimorou os procedimentos de compra e venda de bunker, com a implementação de controles e registros adicionais. Com base no relatório final, a companhia adotou as providências administrativas e negociais cabíveis. A Petrobras possui uma área corporativa responsável pelo controle de movimentações e auditoria de perdas de óleo combustível, que não constatou nenhuma não conformidade no período de 2012 a 2014.”.