Auxiliares da presidente disseram hoje que a composição da equipe do segundo mandato deve ser anunciada até o fim desta semana. A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) tomou posse nesta segunda na presidência da Confederação Nacional de Agricultura (CNA) e vai se licenciar do cargo para assumir o Ministério da Agricultura.
Nenhuma das alas do PMDB, porém, considera Kátia uma ministra do partido, mas, sim, da "cota pessoal" de Dilma. Motivo: oriunda do DEM, com passagem pelo PSD, a senadora é cristã nova nas fileiras peemedebistas.
O PMDB está indicando os senadores Eduardo Braga (AM) para o Ministério de Minas e Energia e Eunício Oliveira (CE) para Integração Nacional. Com Kátia Abreu na Agricultura seriam três os representantes do partido no Senado. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), engrossa a lista apresentada pelo partido ao Palácio do Planalto, mas o problema é que ele não quer comandar Previdência Social, hoje dirigida por seu primo, Garibaldi Alves, mas, sim, a pasta de Integração Nacional - objeto do desejo do correligionário Eunício e também do Pros de Cid Gomes.
O ministro da Aviação Civil, Moreira Franco (PMDB), deve continuar no mesmo posto e uma ala quer emplacar o deputado Eliseu Padilha (RS) no Ministério do Turismo. Moreira Franco e Padilha são nomes defendidos por Temer.
O vice-presidente acredita que pode fechar um acordo com o PT para o comando da Câmara dos Deputados.
A proposta em negociação prevê que o PT apoie Cunha, tido como imbatível, e fique agora com a vaga de vice-presidente da Câmara. Por essa equação política, o PMDB daria aval a um candidato do PT em 2017. Seria, mais uma vez, um rodízio entre os dois partidos. A eleição que renovará o comando da Câmara e do Senado ocorrerá em fevereiro de 2015.
Depois de se reunirem hoje com Dilma, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o titular da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, também conversaram com Temer sobre a formação da equipe do segundo mandato, mas o martelo somente será batido amanhça..