Ao procurar aliados, o vice-presidente da República busca uma aproximação de petistas para evitar que haja, inclusive, o surgimento de uma terceira via que não seja ligada ao governo. Peemedebistas ligados a Temer confirmam que ele tem se empenhado para alinhavar um acordo antes mesmo do recesso de fim de ano, impedindo que uma indefinição fique para o ano que vem, quando a disputa vai se acirrar. Temer propõe uma aliança, mas não pode prometer um rodízio bienal na Casa, uma vez que o próprio PMDB, ao lançar a candidatura de Cunha, quebrou o acordo respeitado desde 2007 na Câmara.
Peemedebistas reforçam que Temer procurou petistas na semana passada para tentar apoio. Ontem, Chinaglia negou que tivesse sido procurado. “Não há conversa com o PMDB, isso não existe”, frisou. Petistas também negaram que a legenda pudesse apoiar Cunha.
Além de Cunha e Chinaglia, concorrem a presidência o socialista Júlio Delgado (MG) e o pedetista André Figueiredo (CE). Ambos são opções relevantes para uma terceira via fortalecida. Na semana passada, PPS, PSB, Solidariedade e PV anunciaram a formação de um bloco parlamentar, que conta com 67 deputados federais (34 do PSB, 15 do SD, 10 do PPS e 8 do PV). Esta semana, são esperadas reuniões petistas informais para tratar da presidência da Casa. Também devem ser discutidas as votações da Lei de Diretrizes Orçamentárias e do Orçamento Impositivo. Porém, a bancada não deve se reunir.
Na semana passada, a reunião petista foi marcada por ânimos exaltados, com parte da bancada argumentando que era melhor aderir de uma vez a Cunha e outra inclinada a apoiar o nome de um não petista, além dos defensores de Chinaglia..