O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, deputado Marco Maia (PT-RS), mudou sua versão do relatório final. Ele complementou seu voto nesta quarta-feira e pediu o indiciamento das pessoas para as quais, na versão inicial do relatório, havia a indicação de “aprofundar as investigações”. O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, por exemplo, foi indiciado por crime de participação em organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. No total, são 52 pessoas com pedido de indiciamento.
“Pedi um parecer de um jurista renomado, com experiência na área, para dar a segurança necessária para afirmar o que havíamos expressado”, disse Maia, ao reclamar do que, segundo ele, foi uma má interpretação da imprensa de seu texto inicial.
O relator também mudou seu texto para retirar o pedido para aprofundar as investigações de três empresas (Hope Recursos Humanos, Gandra Brokerage e Clyde Union Imbill).
Afastamento da diretoria
Antes do início da reunião da CPMI em que será votado seu relatório final, Maia pediu o afastamento da presidente da estatal, Graça Foster, em conversa com jornalistas. “Defendo o afastamento da diretoria [da Petrobras], inclusive da presidente Graça Foster”, afirmou.
A comissão aprovou, nesta tarde, o encaminhamento dos documentos produzidos nas investigações do Legislativo ao Ministério Público e à Justiça Federal.
O vice-presidente da comissão, senador Gim (PTB-DF), disse que a reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras no Senado, prevista para começar às 15 horas, vai ocorrer depois do fim do debate na CPI Mista.
Com Agência Câmara