"Em que pese o requerido, os depoimentos prestados por Pedro Barusco ainda estão sendo examinados pela Polícia Federal e Ministério Público Federal, sendo inviável o acesso no presente momento sob pena de prejudicar as investigações", diz o juiz no despacho. "Ademais, prevê o art. 7º da Lei nº 12.850/2013, que o acordo e as provas decorrentes permanecem em sigilo até a propositura de denúncia. Não consta que o ora requerente tenha sido denunciado pelo MPF, nem que alguma das denúncias propostas tenha por base o depoimento de Pedro Barusco", acrescenta.
O juiz também comenta o pedido de investigação feito pelos advogados sobre um suposto "vazamento" à imprensa de parte do depoimento prestado por Barusco. "Quanto ao suposto vazamento, observo que, aparentemente, a Polícia Federal fez referência ao conteúdo dos depoimentos em algum dos inquéritos cujo sigilo foi levantado. Então, em princípio, não teria ocorrido vazamento ilegal. Se for o caso, deve o requerente melhor esclarecer as notícias de imprensa que teriam veiculado conteúdo deste depoimento para melhor avaliação deste Juízo", diz Moro.
No depoimento à força-tarefa da Operação Lava Jato, Barusco disse que fez uma "troca de propinas" com o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto.