Em outra missão, uma equipe viajará à Suíça no fim de janeiro, em busca de dados sobre mais operações financeiras. Em depoimentos prestados em regime de delação premiada, investigados descreveram o caminho dos recursos, apontando offshores e contas abertas no exterior para o recebimento de propinas pagas por empreiteiras e outros fornecedores.
Um dos objetivos da força-tarefa é obter mais elementos sobre os supostos repasses ao ex-diretor de Serviços Renato Duque. Um dos delatores, o executivo Júlio Camargo, da Toyo Setal, disse que numa das operações, por exemplo, fez depósitos de US$ 1 milhão para o ex-diretor, ligado ao PT, numa conta da offshore Drenos, mantida no Banco Cramer, em Lugano. “O beneficiário dos pagamentos na conta Drenos é o próprio Renato Duque”, disse Camargo.
A partir das informações sobre a movimentação financeira, a força-tarefa pretende oferecer denúncia contra Duque.