Dilma e Lula, porém, querem Wagner em uma pasta com perfil mais político. O Ministério das Comunicações terá papel estratégico em 2015. Dilma pretende ampliar o Plano Nacional de Banda Larga, seu xodó, e o PT vai brigar pela regulamentação da mídia. Além disso, o ministério terá nova configuração e será fortalecido porque vai absorver toda a publicidade do governo, hoje nas mãos da Secretaria de Comunicação (Secom).
Para o Ministério do Desenvolvimento Agrário Dilma escolheu o deputado Patrus Ananias (PT-MG), ex-prefeito de Belo Horizonte. Patrus foi ministro do Desenvolvimento Social do governo Lula, de 2004 a 2010, e é considerado o "pai" do programa Bolsa Família.
A presidente reservou para o governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), o Ministério da Educação, pasta controlada pelo PT desde o governo Lula. Até agora, Cid disse que prefere ocupar a vice-presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bid), em Washington, e renovar sua indicação para o Ministério da Integração, responsável pelas obras de transposição do Rio São Francisco.
Em conversas reservadas, ministros do PT alegam que o problema de Cid é a falta de apoio no PROS, partido ao qual ele se filiou no ano passado, quando saiu do PSB do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos - morto num acidente aéreo em agosto - para apoiar a campanha de Dilma pelo segundo mandato.
O PT tem hoje 17 dos 39 ministérios, mas perderá espaço no primeiro escalão. O partido quer retomar Trabalho, há tempos com o PDT, e tenta emplacar nessa cadeira o ex-presidente da CUT, Artur Henrique Santos. Uma das alternativas em estudo é oferecer ao PDT a pasta de Ciência e Tecnologia, mas os próprios petistas avaliam que não será uma troca fácil.
O ministro do Esporte, Aldo Rabelo, permanecerá no cargo, da mesma forma que José Eduardo Cardozo (Justiça), Tereza Campelo (Desenvolvimento Social) e Ricardo Berzoini (Relações Institucionais), além do poderoso "capitão" do time, Aloizio Mercadante, chefe da Casa Civil. Para Transportes, o mais cotado é o vereador Antônio Carlos Rodrigues (PP) e, para Cidades, o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo..