Jornal Estado de Minas

Prefeito de Alvorada de Minas prevê dificuldades nas contas para 2015

Cidade da Região Central mineira foi a única a integrar a lista de maiores arrecadadores do país. Com a construção de usina chegando ao fim, governante não terá os impostos arrecadados e pode ter queda de 80% nas contas

Isabella Souto
Única cidade de Minas Gerais a integrar a lista de maiores arrecadadores do país, a pequena Alvorada de Minas, na Região Central, não vai manter o posto no ano que vem.
É que entre 2009 e parte deste ano os cofres da prefeitura foram recheados pelos impostos pagos durante a construção de uma usina pela AngloAmerican. Com o fim das obras, o prefeito Valter Antônio Costa (PR) calcula uma queda de pelo menos 80% na arrecadação da cidade.

“Voltamos a ser um município que vive do FPM”, afirmou ele, referindo-se ao Fundo de Participação dos Municípios, principal fonte de receita da maioria dos municípios brasileiros, especialmente aqueles até 10 mil habitantes, que recebem em média R$ 120 mil mensais. Para compensar a perda na arrecadação, o prefeito conta que desde o fim das obras a administração vem se preparando para cortes no custeio e na folha de pessoal.

Nos tempos de dinheiro extra em caixa, Valter Costa garante que aproveitou para investir na educação e saúde do município. Ele conta que destinou recursos para a construção de postos de saúde, convênios com hospitais de cidades vizinhas, qualificação de professores e funcionários da prefeitura e compra de equipamentos para o transporte escolar.

“Muita coisa nós vamos ter que cortar, mas não será na carne não.
A população continuará tendo esse apoio na saúde e na educação. Já fomos nos preparando para a queda brusca na receita”, garante o prefeito. Além do FPM e outras transferências previstas em lei, o caixa de Alvorada de Minas continuará contando com os impostos municipais, como o IPTU, ITBI e ISS, embora em proporção muito menor..