Única cidade de Minas Gerais a integrar a lista de maiores arrecadadores do país, a pequena Alvorada de Minas, na Região Central, não vai manter o posto no ano que vem. É que entre 2009 e parte deste ano os cofres da prefeitura foram recheados pelos impostos pagos durante a construção de uma usina pela AngloAmerican. Com o fim das obras, o prefeito Valter Antônio Costa (PR) calcula uma queda de pelo menos 80% na arrecadação da cidade.
Nos tempos de dinheiro extra em caixa, Valter Costa garante que aproveitou para investir na educação e saúde do município. Ele conta que destinou recursos para a construção de postos de saúde, convênios com hospitais de cidades vizinhas, qualificação de professores e funcionários da prefeitura e compra de equipamentos para o transporte escolar.
“Muita coisa nós vamos ter que cortar, mas não será na carne não. A população continuará tendo esse apoio na saúde e na educação. Já fomos nos preparando para a queda brusca na receita”, garante o prefeito. Além do FPM e outras transferências previstas em lei, o caixa de Alvorada de Minas continuará contando com os impostos municipais, como o IPTU, ITBI e ISS, embora em proporção muito menor.