Em 2011, quando assumiu a Presidência, o cenário para a Petrobrás era muito diferente e exigiu poucos ajustes nas sete indicações do Planalto para o conselho, que se manteve praticamente inalterado desde então. Ao todo, o colegiado tem dez membros.
Das sete cadeiras nomeadas pela União, controladora da empresa, quatro estão diretamente subordinadas ao governo: os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior; o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho; e o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann.O governo também separa uma vaga para a presidência da Petrobrás, hoje ocupada por Graça Foster.
Os outros dois indicados não ocupam cargos no governo. Francisco Roberto de Albuquerque e Sérgio Quintella têm mandato até 2 de abril de 2015, mas podem ser substituídos pelo Planalto a qualquer momento, assim como os demais indicados pela União. Albuquerque foi comandante do Exército no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Quintella foi diretor da Petrobrás Distribuidora e hoje é vice-presidente da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Fora da alçada da União, as cadeiras no conselho de administração da Petrobrás também podem passar por mudanças no curto prazo. Os mandatos do representante dos empregados, Sílvio Sinedino, do indicado pelos acionistas minoritários, Mauro Cunha, e dos acionistas preferencialistas, João Guimarães Monforte, vencem em abril. Os membros do conselho são eleitos em assembleia geral ordinária para um mandato de um ano, com possibilidade de reeleição.
Comando
A principal dúvida hoje é quanto ao próximo presidente do conselho. No lugar de Mantega, na Fazenda, entrará Joaquim Levy. Mas Dilma já avisou que não é certa a substituição de um pelo outro na vaga.
Tradicionalmente, a cadeira principal do conselho da Petrobrás é do ministro de Minas e Energia. Foi assim até a então titular da pasta, Dilma Rousseff, ser transferida em 2005 para a Casa Civil, após o escândalo do mensalão, substituindo José Dirceu. Apesar dessa mudança, ela foi mantida no comando do colegiado até deixar o ministério e ser eleita presidente da República. .