A tradicional corrida de deputados ao protocolo da Assembleia Legislativa em 1º de fevereiro para assumir a paternidade do maior número possível de projetos de parlamentares não reeleitos pode estar com os dias contados.
Nos últimos inícios de mandatos na Assembleia tornou-se tradicional a fila de deputados e assessores para “herdar” projetos de lei de quem não foi reeleito. O caso mais conhecido é dos irmãos Weliton Prado, hoje deputado federal, e Elismar Prado, reeleito para 2015 (ambos do PT), que chegaram a dormir na Assembleia para ser os primeiros da fila. Além deles, marcavam ponto no protocolo assessores de gabinete. Para se ter ideia, um mesmo projeto, que prevê a devolução de multas de trânsito, já teve quatro autorias. Foi de Amilcar Martins em 1999, passou para Carlos Bejani em 2003, seguindo para Weliton Prado em 2007 e, finalmente, chegou à autoria de Elismar Prado em 2011.
Se o projeto da Mesa for aprovado, mesmo que eles requisitem o desarquivamento fica mantida a autoria original.
Outra inovação é que os deputados que conseguirem mais um mandato não terão seus projetos arquivados, voltando à estaca zero. Com a permanência do parlamentar na Casa, eles serão mantidos e seguirão com a tramitação do ponto em que pararam, podendo continuar tramitando na Casa por até duas legislaturas seguidas à sua apresentação. As propostas consideradas inconstitucionais continuam sendo engavetadas.
MANUTENÇÃO Pelo regimento atual, todas as propostas são arquivadas no fim da Legislatura, menos as de iniciativa popular, os vetos e as de autoria do governador. Na proposta, além dos parlamentares reeleitos e destas já previstas, foram incluídas entre as matérias não arquiváveis as dos tribunais de Justiça e Contas e do procurador-geral de Justiça e as contas do governador ou TCE. Outra medida é matar no nascedouro as propostas consideradas inconstitucionais pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Pelo novo texto, serão arquivados os projetos com parecer pela inconstitucionalidade, ilegalidade ou antijuridicidade. Para voltar a tramitar, tendo a chance de ter o parecer derrubado em plenário, elas precisarão da assinatura de um décimo dos deputados..