Brasília – As Forças Armadas, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a Polícia Militar do Distrito Federal e outros órgãos de segurança já identificaram indícios de protestos contra a presidente Dilma Rousseff durante a posse, que ocorrerá na quinta-feira. De acordo com o coordenador do escalão avançado da Presidência da República para o evento, coronel Flávio Lucena de Assunção, tudo está sendo feito para que a cerimônia seja tranquila e que as eventuais manifestações sejam pacíficas e “dentro do ambiente democrático”. Ontem, houve um ensaio da solenidade.
A exemplo do que aconteceu em 2007, quando Lula tomou posse para o segundo governo, há uma expectativa de presença menor. À época, até a chuva atrapalhou e só apareceram 10 mil pessoas. Hoje, em um cenário econômico bem menos favorável do que há oito anos, o Palácio do Planalto organiza uma mobilização de movimentos sociais, sindicatos e filiados do PT para encher a cerimônia e contrabalançar eventuais protestos.
Em 2007, a posse de Lula contou com a presença da então ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, hoje adversária política, e da Fazenda, Guido Mantega, atualmente demissionário. Em comum, será o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) quem conduzirá a cerimônia de posse no Congresso.
A previsão é de que o evento da posse comece pouco antes das 15h. Dilma desfilará no Rolls Royce da Presidência a partir da Catedral de Brasília até o Congresso. Lá, receberá o termo de posse e fará um juramento.
De férias na Base Naval de Aratu, Dilma descansou ontem numa praia deserta na Ilha dos Frades, na Baía de Todos os Santos. Hoje, quando ela volta ao trabalho, é esperado o anúncio de novos ministros.