O governador eleito Fernando Pimentel (PT) vai tomar posse em 1º de janeiro em uma celebração enxuta e com menos formalidades. As solenidades, que são normalmente à tarde, ocorrerão na parte da manhã, a partir das 9h, pois o petista embarca às 13h para Brasília, onde acompanha a posse da presidente Dilma Rousseff (PT). Pimentel dispensou, por exemplo, a chegada na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de BH, em um Rolls Royce ano 1953, uma tradição nas últimas gestões tucanas. No cortejo até o Palácio da Liberdade, ele será acompanhado por aliados, e não por sua mulher, a futura primeira-dama Carolina Oliveira. Pimentel também substituirá a fila de cumprimentos por um brinde.
Conforme a programação, às 9h, Pimentel e seu vice, Antônio Andrade (PMDB), chegarão à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), onde tomam posse. Eles passarão pelos Dragões da Inconfidência – grupamento de honra da Polícia Militar (PM) – e serão recebidos por comitiva de parlamentares, prefeitos, vice-prefeitos e presidentes de câmaras municipais.
No plenário, a cerimônia será conduzida pelo presidente da ALMG, o deputado estadual Dinis Pinheiro (PP).
Depois dos discursos, o governador deixará a ALMG e seguirá para a cerimônia de transmissão de cargo no Palácio da Liberdade, marcada para as 11h. O petista vai usar carro oficial, mas dispensou o Rolls Royce Silver Wraith, ano 1953. O carro, de um colecionador, foi usado pelos ex-governadores tucanos Aécio Neves e Antonio Anastasia em suas cerimônias de posse.
Pimentel fará cortejo na alameda da Praça da Liberdade acompanhado por representantes de grupos com os quais se reuniu durante a campanha e pelo músico mineiro Sérgio Pererê. A praça estará enfeitada com telões côncavos em que serão projetadas imagens de Minas. Sua mulher, Carolina Oliveira, vai esperá-lo no palácio, onde o atual governador, Alberto Pinto Coelho (PP), vai entregar a Pimentel o Grande Colar da Inconfidência, símbolo comparável à faixa presidencial.
A cantora mineira Titane cantará o hino nacional. O governador discursará da sacada do edifício e, após um brinde com aliados, viaja para Brasília. Outra diferença é que o público poderá acompanhar a celebração mais de perto, nos portões do palácio. Antes, o limite era a Praça da Liberdade. O petista teve 5,3 milhões de votos, contra 4,2 milhões do segundo colocado, o ex-ministro das Comunicações Pimenta da Veiga (PSDB). (FA).