O governador eleito Fernando Pimentel (PT) divulgou nessa terça-feira os nomes dos 21 secretários de estado e cinco presidentes de estatais que comporão a sua equipe de governo. O PT será o partido com o maior número de cadeiras: vai comandar 11 pastas, enquanto o PMDB ficará com seis delas. As escolhas refletem a dobradinha entre as duas legendas na disputa eleitoral, com a indicação de Antônio Andrade para vice-governador. Entre os demais partidos aliados na disputa eleitoral, PCdoB, PRB e PR ficarão com uma secretaria cada. Com o Pros, deverão ganhar mais espaço nos cargos de segundo e terceiro escalões.
Uma edição extra do Minas Gerais vai circular amanhã, dia da posse, com a listagem e algumas alterações na estrutura administrativa do estado. Quatro pastas serão criadas: Recursos Humanos (voltada para as questões relacionadas ao funcionalismo), Desenvolvimento Agrário, Direitos e Cidadania e Esportes – atualmente vinculada à Secretaria de Turismo. Os responsáveis pelas quatro novas secretarias, no entanto, serão empossados somente depois de elas serem criadas oficialmente, por meio de projeto de lei encaminhado à Assembleia Legislativa.
Três cargos cujos titulares têm status de secretário também passarão por mudanças.
Embora a maioria dos nomes já tivesse sido publicada pelo Estado de Minas há alguns dias, a lista só foi divulgada depois de sanada a principal dúvida, o que aconteceu ao longo da tarde de ontem. Faltava bater o martelo sobre quem ocuparia a Secretaria de Desenvolvimento Econômico: o engenheiro Marco Antônio Castello Branco ou o empresário Altamir Rôso, presidente da regional da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) em Uberaba, no Triângulo Mineiro, e filiado ao PMDB. Rôso ficou com o cargo, enquanto Castello Branco vai presidir a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig).
Na montagem do secretariado, Fernando Pimentel deixou claro que as pastas e órgãos ditos estratégicos seriam entregues a aliados mais próximos, incluindo integrantes de sua equipe nos dois mandatos que esteve à frente da Prefeitura de Belo Horizonte (2001-2008). É o caso do advogado Marco Antônio Resende, ex-procurador-geral do município e coordenador da equipe de transição, que assumirá a Secretaria de Governo. E também do engenheiro civil Murilo Valadares (PT), que foi indicado para a Secretaria de Transportes e Obras Públicas. Valadares é ex-secretário de Políticas Urbanas nos governos de Pimentel e Marcio Lacerda (PSB) na prefeitura da capital mineira.
A Secretaria de Planejamento será entregue a outro grande aliado de Pimentel: Helvécio Magalhães (PT), que foi secretário de Atenção Primária do Ministério da Saúde no governo da presidente Dilma Rousseff, onde foi um dos responsáveis por tocar a execução do programa Mais Médicos.
Também está sendo criado o cargo de secretário-geral da Governadoria, que, embora não tenha estrutura própria, terá status de secretaria. A função será entregue a Eduardo Serrano, que foi chefe de gabinete do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – pasta comandada por Pimentel até 13 de fevereiro deste ano, quando ele passou a se dedicar à disputa pelo governo de Minas Gerais. Serrano terá a tarefa de redistribuir as atribuições da sua pasta para outros órgãos da administração estadual.
SUPLENTES O PMDB levará dois deputados estaduais para o secretariado de Pimentel: Sávio Souza Cruz e Tadeu Leite, indicados para as secretarias de Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional e Políticas Urbanas e Gestão Metropolitana, respectivamente. De quebra, vai garantir lugar na Assembleia Legislativa para João Murta Lages, grande amigo do vice-governador e presidente estadual da legenda, Antônio Andrade. O peemedebista também emplacou na equipe João Cruz Reis Filho, indicado para a Secretaria de Agricultura. Ambos trabalharam juntos no Ministério da Agricultura, onde foi chefe da Assessoria de Gestão Estratégica.
A bancada da Câmara dos Deputados também será alterada com as indicações de parlamentares para o governo de Minas.
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