Jornal Estado de Minas

Governo de Minas faz balanço final com contas equilibradas

No início do mês, integrantes da comissão do governo de Fernando Pimentel afirmaram que os dados repassados pela atual administração não correspondiam ao "quadro real do estado"

Marcelo da Fonseca- enviado especial
Faltando poucas horas para a transferência do comando de Minas para o governador eleito Fernando Pimentel (PT), Alberto Pinto Coelho rebateu críticas de integrantes da equipe de transição petista, de que dados da atual administração estariam sendo sonegados nas reuniões entre os grupos de transição.
“Tenho plena consciência do trabalho desenvolvido. Em todas as reuniões, a equipe de transição se deu por satisfeita, com informações detalhadas repassadas. No curso desses dias, no início de janeiro, ainda teremos entradas de receitas de 2014, portanto, só deixamos de apresentar esses detalhes dos balanços. Nessa última etapa, vamos concluir essas informações”, afirmou o governador.

Na entrevista coletiva dessa terça-feira, Alberto Pinto Coelho apresentou os dados da atual gestão e afirmou que entregará o Palácio Tiradentes amanhã com as contas equilibradas, registrando em 2014 um superávit de R$ 200 milhões. “No encerramento desses três períodos à frente do governo de Minas, apresento neste ano um resultado positivo, a despeito dos não repasses e transferências do governo federal. Temos recursos assegurados em caixa para o pagamento do salário do funcionalismo até o 5º dia útil do mês de janeiro.
Prática que fizemos de forma sistemática desde o governo de Aécio Neves e no governo Antonio Anastasia”, disse o governador.

No início do mês, integrantes da comissão do governo de Fernando Pimentel afirmaram que os dados repassados pela atual administração não correspondiam ao “quadro real do estado” e que o governo não tinha detalhado informações sobre as dívidas e os recursos que ficarão no caixa estadual para o pagamento do reajuste garantido ao funcionalismo. Alberto Pinto Coelho afirmou que deixa para o próximo governo uma margem de R$ 9 bilhões para novos investimentos, uma vez que o estado não alcançou os limites máximos de endividamentos previstos na legislação. “Esse limite para o nível de endividamento em relação às receitas correntes do estado é de 204%. Hoje estamos com um patamar de 179%, o que significa que o próximo governo terá uma margem de R$ 9 bilhões para fazer investimentos através de novas linhas de créditos no estado”, explicou Alberto Pinto Coelho.

O secretário de Estado da Fazenda, Leonardo Colombini, apresentou nessa terça-feira os dados da arrecadação estadual em 2014 e admitiu que algumas receitas ficaram abaixo do plano. “No ICMS, pelas projeções que temos, vamos encerrar o ano com R$ 37,4 bilhões, um crescimento comparado com 2013 de 6,5%, um pouco menor do que estávamos prevendo, já que trabalhamos com uma faixa de 8%. Ficamos abaixo da previsão, mas tivemos um crescimento, pelo menos, igual à inflação. Isso é reflexo do contexto econômico, em que passamos por dificuldades. Este ano tivemos um crescimento da arrecadação de 7,2%, pouco acima da inflação, maior que em 2013”, disse Colombini..