Brasília – A posse da presidente Dilma Rousseff (PT) para o segundo mandato, ontem, foi marcada por dois discursos diferentes. O primeiro – e mais importante –, no Congresso Nacional, teve um tom político e conciliatório, no qual Dilma citou que, para governar, conta com o apoio dos mais diferentes agentes sociais e políticos, desde os “queridos” militantes de seu partido, o PT, a todos os parlamentares, movimentos sociais, sindicatos. Tom que reforçou ao final de sua fala com um pedido: “Peço aos parlamentares que juntemos as mãos em favor do Brasil”. No segundo, já no parlatório, após ela própria colocar a faixa presidencial, em momento descontraído e um tanto desajeitado, falou diretamente para “os brasileiros e brasileiras”, destacando a continuidade dos programas sociais.
Antes de seguir para a cerimônia de posse, em que estavam presentes autoridades brasileiras e representantes de outros países, a presidente, trajando um modelito de blusa e saia de renda na cor nude, seguiu em carro aberto pela Esplanada dos Ministérios, da Catedral ao Congresso Nacional, e até fez corações com as mãos. Como aconteceu em 2011, ele foi acompanhada de sua filha, Paula Rousseff. Um público de cerca de 40 mil pessoas, segundo a estimativa da Polícia Militar do Distrito Federal, acompanhou o desfile. O número ficou abaixo da expectativa de dirigentes do PT que, até semana passada, planejavam atrair 50 mil simpatizantes do partido à Esplanada para, a partir daí, dar demonstração de força da presidente.
Dilma chegou à rampa do Congresso pouco depois das 15h acompanhada do vice-presidente Michel Temer, onde foi recebida pelos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
Chefes de Estado e representantes de outros países também estiveram presentes em Brasília. Em entrevista, o presidente do Uruguai, José Mujica, defendeu liderança do Brasil na região. O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também presente e uma das autoridades com as quais Dilma se demorou mais nos cumprimentos, teve um encontro bilateral com a petista no fim da tarde. A presidente do Chile, Michelle Bachelet, também esteve presente e chamou a atenção por cantar o Hino Nacional Brasileiro..