Ao tornar-se oficialmente governador de Minas Gerais, no final da manhã dessa quinta-feira, Fernando Pimentel (PT) assumiu cinco compromissos da sacada do Palácio da Liberdade: valorizar o funcionalismo público, construir e equipar os atuais hospitais regionais, ampliar a oferta de escolas infantis e técnicas, aumentar a eficiência dos órgãos de segurança pública e fazer parceria com os prefeitos mineiros na busca de soluções para os problemas municipais. Durante as cerimônias de posse e de transmissão do cargo, o petista ressaltou que pretende manter diálogo próximo com a população e apontou como primeira medida do novo governo a criação de conselhos participativos regionais.
No primeiro discurso como governador, o petista prometeu cumprir uma de suas principais promessas de campanha: adotar uma gestão participativa, priorizando o diálogo com movimentos sociais, empresários, prefeitos e lideranças regionais. Ele alfinetou os últimos governadores do PSDB, afirmando que seu governo terá como principal desafio aumentar a participação dos diversos setores da sociedade para “mudar o conceito de governo” no estado.
“O governo não pertence aos governantes, ele é de todos e deve servir a todos. Sem privilégios, sem preferências, quanto mais o estado se abre, mais ele se fortalece. O nosso grande desafio é tirar o governo do isolamento, de uma política antiquada. Não acredito que, no mundo de hoje, grupos encastelados possam decidir o destino de milhões de pessoas. Não farei o governo do eu, mas o governo do nós, de todos nós”, afirmou o petista, fortemente aplaudido pelos presentes.
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Depois da cerimônia na Assembleia, o governador seguiu para o Palácio da Liberdade, onde ocorreu a solenidade de transmissão do cargo. Às 11h30, Pimentel e Andrade atravessaram a Praça da Liberdade ao lado de populares, representantes de movimentos sociais e secretários de estado. Segundo a Polícia Militar, cerca de 4 mil pessoas acompanharam a cerimônia. O petista recebeu do ex-governador Alberto Pinto Coelho (PP) o Grande Colar da Inconfidência, símbolo do chefe do Executivo estadual em Minas.
Em seu discurso na sacada do Palácio, o petista destacou a intenção de manter um contato próximo com a população para definir as principais demandas de cada região. Ele fez questão de apresentar três pessoas que, para ele, simbolizam a participação do povo na sua gestão: Dona Lavígnia, da Região Norte, a estudante Kelly, do Aglomerado da Serra, e o senhor José Mário, produtor de queijo da Serra da Canastra.
“Para todos os mineiros, reforço o compromisso de que todos serão ouvidos, sem nenhuma discriminação. As ruas sabem muito mais que os gabinetes. E a mensagem do povo mineiro nessas eleições foi de que todos somos iguais, todos temos o direito de participar, todos queremos e iremos influenciar as decisões do governo. Esse é meu compromisso: menos poder para o governo, mais poder para as pessoas. Menos poder para poucos, mais poder para todos”, disse Pimentel.
Dificuldades
Ao apontar os cinco compromissos para os próximos quatro anos, Fernando Pimentel ressaltou que o cenário econômico para este ano será de dificuldades para os governantes. “Assumo o compromisso de valorizar e dialogar com o funcionalismo público do estado. Assumo o compromisso de transformar os hospitais regionais, não em projetos de propaganda, mas em equipamentos úteis em todas as regiões, e de expandir o atendimento médico para toda a população. Assumo a meta de levar escolas infantis e ensino técnico para todo o estado. Assumo a tarefa de aumentar a eficiência e eficácia de nosso aparato de segurança. Assumo o compromisso de dialogar de forma transparente com todos os prefeitos e ajudá-los na busca de soluções para suas cidades”, prometeu Pimentel.