Cúpula do PMDB prestigia posse do novo ministro da Pesca

Derrotado na disputa pelo governo do Pará, a indicação de Helder Barbalho foi vista como um gesto da presidente Dilma Rousseff para afagar o PMDB

Brasília - Sob o olhar atento do pai, o senador Jader Barbalho (PMDB-PA), Helder Barbalho assumiu nesta sexta-feira, 2, o Ministério da Pesca.
Derrotado na disputa pelo governo do Pará, a indicação para comandar a pasta foi vista como um gesto da presidente Dilma Rousseff para afagar o PMDB.

Apesar de não ser um ministério considerado do primeiro escalão, a cerimônia foi prestigiada pelas principais lideranças da sigla, como o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), os líderes das bancadas do Senado e da Câmara, senador Eunício de Oliveira (CE) e deputado Eduardo Cunha (RJ), além de Eliseu Padilha, que assume a Secretaria da Aviação Civil.

Em seu discurso, Helder agradeceu à presidente, ao pai e ao PMDB pela indicação e disse estar "honrado" por assumir a pasta. "Estou muito feliz por poder abraçar esse projeto, que é, sem dúvida, o maior da minha vida", afirmou.

Aos 35 anos, o mais alto cargo que havia exercido até agora era o de prefeito de Ananindeua, município do interior do Pará. Ele teve um bom desempenho na disputa pelo governo do Estado, mas acabou derrotado no segundo turno pelo tucano Simão Jatene, que conquistou a reeleição.

Questionado sobre a falta de experiência na área, Helder minimizou a situação e afirmou que o Pará é um grande produtor de peixes. Ressaltou ainda a importância de se ter um ministro da região Amazônica. "O fundamental é que você tenha capacidade de gestão. Mais importante do que qualquer atividade em si é ter capacidade de gerir a pasta", disse.

Independência


O senador Jader Barbalho também relativizou o fato de o filho não ter experiência na área e negou que as indicações de nomes do PMDB tenham tido como objetivo garantir a fidelidade da sigla ao governo. "O PMDB tem sido fiel à presidente.
Eu não consigo registrar, ao longo desse tempo, qualquer momento em que o PMDB tenha dificultado ao governo a aprovação de algo fundamental", afirmou.

Questionado se iria atuar na linha de frente em defesa do governo após a indicação do filho, ele deu um recado à presidente. "Eu pretendo ter uma atuação mais firme no Senado. Isso não significa que essa atuação mais firme seja a favor do governo ou a favor de qualquer tese de oposição. Um homem com o meu tempo de vida pública não tem dono.".