Cunha, em campanha aberta desde o final do ano passado, trabalha com uma plataforma que defende a "independência" e a "altivez" do Legislativo frente o Palácio do Planalto. Embora seja de uma sigla aliada do governo, ele já comandou uma rebelião da base que impôs duras derrotas à presidente Dilma Rousseff e é tratado pelo PT como um adversário. Ele também tem repetido que a Casa não aceita uma candidatura petista.
"É só pesquisas as Medidas Provisórias para ver onde essa altivez acaba. Queremos um Parlamento que tenha de fato a independência para atender ao povo brasileiro. Não apenas para fazer um discurso que acaba no dia seguinte da eleição, basta chegar em algum tipo de acordo", reagiu Chinaglia.
Em seguida, ao citar uma frase dita pelo deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que concorre à presidência da Câmara em uma chapa da oposição, o petista deu outra estocada em Cunha: "não é independente quem indica cargo no governo. Eu estou me sentindo independente.
As lideranças do PT, PROS e PCdoB organizaram nesta tarde um almoço entre os apoiadores da candidatura de Chinaglia. Com cerca de 60 participantes, a maior parte dos parlamentares presentes era petista e houve pouco comparecimento de outras legendas da base.
Chinaglia, no entanto, disse que está conversando com parlamentares e governadores de outros partidos e a partir da próxima semana ele deve começar um roteiro de viagens pelos Estados..