O novo ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, recebeu o cargo nesta segunda-feira, do ex-ministro Paulo Sérgio Passos. Presente também na troca de cargo, o antigo ministro listou as obras tocadas pela pasta nos últimos quatro anos e afirmou que o programa de concessões de ferrovias e a formatação do PAC3 devem ser prioridades na próxima gestão. O novo ministro disse que priorizará a concessão de ferrovias e continuidade ao processo de concessões de rodovias durante sua gestão.
"Pretendo manter e ampliar os investimentos em ferrovias para melhorar a distribuição de alimentos. Pretendo indicar técnicos para o Dnit e a Valec", disse Rodrigues em seu primeiro discurso a frente dos Transportes. "É uma honra e um novo desafio", acrescentou.
Em cerimônia concorrida, com a presença de vários deputados, entre eles os candidatos à presidência da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP) – atual vice-presidente da Casa – e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), além do presidente do PR, senador Alfredo Nascimento (AM) e do ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general José Elito de Carvalho, o ministro mencionou números do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a parceria do governo com a iniciativa privada na construção de estradas, nos governos Lula e Dilma.
O ex-ministro afirmou que nos últimos anos as obras em rodovias no País chegaram a 2.781 quilômetros. Segundo Passos, foram cerca de 600 quilômetros de duplicação de vias, quase 500 quilômetros de adequação de capacidade e mais de 1,7 mil quilômetros de construção de novas pistas.
Para ele, a capacidade de planejar e licitar projetos no ministério "mudou de patamar" nos últimos anos. "Em 2014 batemos recordes em todos os aspectos nas realizações do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e da Valec, além da construção de estaleiros", listou. Passos citou as concessões de seis trechos rodoviários para a iniciativa privada, com projetos de duplicação dessas vias.
A despeito da paralisação do programa de privatização de ferrovias, Passos avaliou que o governo pode ter ainda o mesmo sucesso nas concessões do modal que o obtido com as rodovias. Ele também citou a terceira fase do Programa de Aceleração do Crescimento. (PAC3). "Tivemos o tempo necessário para discutir de forma exaustiva aquilo que seria a política de investimentos do Ministério dos Transportes para o próximo quadriênio", completou.
Coringa dos governos do PT na área de transportes, Passos disse deixar o cargo com o sentimento de dever cumprido. "Acho que eu sou um recordista, porque essa é a quarta vez que me despeço do comando do Ministério dos Transportes. Minha vida profissional se confunde com a vida deste ministério", brincou Passos.
Com agências